sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

POESIA ANIMAL - O "D"


DONINHA:

A doninha dizia distinguir disfarces, disparates e disfunções. Destemida e determinada, dialogava esta destreza diariamente. Denunciava, desta dinâmica, a demência dura de que dependia. Deixou-se dominar pela doença, danificando o discurso decorado com dedicação. Decidiu dramatizar a durabilidade dos dias, ditando a derrota de Deus. Despiu-se e deambulou com dormência e descrédito. Doravante, deverá disfarçar-se sem demora nos disparates que a demência lhe determina. Depois, despojada, dedicar-se-à docilmente à dor.

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